A expressão “Acho que você levantou com o pé esquerdo hoje” abrange um horizonte de
perspectivas pertinentes à reflexão.
No dia 13 de novembro comemorou-se o Dia mundial do mau humor, se é que podemos considerar uma comemoração em si, não é verdade!? O intuito da menção a data no calendário acarreta genuínas reflexões sobre a expressão “mau humor” no cotidiano da sociedade, as quais abordaremos algumas aqui:
Aceitação ao mau humor
Um dos aspectos centrais é de que o ser humano é regulado pelo verbo “estar”, cujo, estado diário, é de fato, regulado por diversos fatores ligados à saúde, família, trabalho. O ditado popular “acho que você levantou com o pé esquerdo hoje” pode ser fundamentado justamente em uma noite de sono ruim, marcada pela insônia, resultando assim, no desequilíbrio no dia seguinte com aumento da irritabilidade, agitação e menor tolerância às frustações.
De acordo com a Professora Ale Dotto da Plenitude Bem Estar, antes de pensarmos em mudar a condição, migrando repentinamente do mau para o bom humor, emerge-se a necessidade de exercitamos a aceitação ao mau humor naquele dia, e, pouco a pouco, analisar as fontes causais geradoras desta condição para uma mudança de humor efetiva e que não mascare desarmonias de saúde, como ansiedade, estresse crônico e depressão.
Investigação das causas do mau humor
Aqui torna-se necessário um verdadeiro “olhar para dentro de si” em busca da exploração das fontes que nos levam à variação do humor. Podem ser aspectos da nossa relação de insatisfação conosco mesmo, com o outro, relacionados à família ou aliados ao trabalho que desempenhamos. Neste viés trabalhista, de acordo com o estudo de Ferreira e Mendes (2001) na ótica da Psicologia na dimensão do ciclo prazer-sofrimento, existe, por exemplo, o descontentamento com o trabalho com uma das maiores fontes, não apenas de mau humor agudo, todavia, de mau humor sustentado, havendo a menção inclusive ao: “Só de pensar em vir trabalhar, já fico de mau humor”. Essa condição de mau humor frequente nos leva ao desencadeamento da distimia, caracterizada como uma depressão leve, manifestada por uma rabugice constante, acompanhada de desânimo, tristeza, impaciência e pessimismo, podendo haver outros sintomas como: baixa autoestima, desmotivação e dificuldade para dormir ou se alimentar adequadamente.
Essa confluência de fatores nos remete a um panorama de reflexão intrínseca perante o curso das nossas próprias vidas baseado em vetores de conhecimento sinérgicos ao coaching, psicologia positiva, mindfulness (meditação e filosofia da atenção plena) e autodeterminação no intuito de mapear condutas que necessitam de mudanças no nosso modo operacional de viver, buscando não apenas o bem estar, mas, um bem viver com integralidade.
Não deixar a faísca fazer um incêndio
Quantas vezes você queria permanecer aqueles 5 minutinhos em silêncio e a furadeira do vizinho soube dos seus planos e resolver estragar o seu refúgio? Ou justamente naquele dia que você precisa ser altamente produtivo nas tarefas de trabalho, o seu servidor de e-mails parece estar com preguiça e não acompanha o seu ritmo?
Esses calos que, por vezes, nos apertam podem tomar conta do nosso ser e se não tivermos habilidades de controle, eles simplesmente figuram-se como um conglomerado de nuvens que escondem rapidamente o esplendor de um dia ensolarado.
Para o Dr. Marcelo Anselmo, professor da Plenitude Bem Estar, a pausa nossa de cada dia e o freio do carro na descida da ladeira, analogamente, posicionam-se como determinantes para que não contaminemos um dia inteiro por um fato isolado ruim, mas, o exercício vívido da consciência de que estes não estão sobre nosso controle. O cultivo ao silêncio, a contemplação da natureza, o ato de perceber nossa respiração, o abraço de um amigo e praticar um hobby são antídotos imediatos que possuem papel de SOS perante essas condições.
Pratique a felicidade! Acesse agora o nosso áudio: meditação para a felicidade e coloque um “pause” no seu mau humor 🙂
Assessoria Plenitude Bem Estar
Referência:
-Ferreira, M. C. e Mendes, A. M.: “Só de pensar em vir trabalhar, já fico de mau humor”: Atividade de atendimento ao público e prazer-sofrimento no trabalho. Estudos de Psicologia, 6(1), 93-104, 2001.