Campanha de sensibilização à saúde masculina no Brasil visa reduzir dado estatístico de que
1 homem morre a cada 38 minutos de câncer de próstata.
Os meses de outubro e novembro são marcos de prevenção na saúde brasileira, visando à promoção do bem estar integral, autocuidado e realização de exames periódicos da população, desdobrando-se na prevenção de câncer de mama às mulheres por meio do Outubro Rosa e da prevenção de câncer de próstata aos homens através do Novembro Azul.
Ao enfocarmos a abordagem da saúde do homem é necessário que possamos realizar um elo com a campanha preventiva do Novembro Azul. Contudo, uma pergunta primária vem à tona: como surgiu esta expressão e movimento Novembro Azul? Em 2003 em Melbourne (Austrália), dois amigos, Travis Garone e Luke Slattery estavam se divertindo em um pub e iniciaram uma brincadeira se ficariam bem de bigode. Nesse contexto, os dois amigos realizaram a união do bigode com a conscientização sobre a saúde masculina, e ainda efetuaram uma sinergia com uma campanha da mãe de um colega, que se destinava a angariar fundos para o combate ao câncer.
Baseado neste percurso histórico, tivemos assim o surgimento da Movember Foundation em 2004, sendo este nome originado da junção das palavras moustache (“bigode”) e november (“novembro”), uma organização sem fins lucrativos que enfocava a arrecadação de fundos para o combate ao câncer de próstata.
Dessa forma, pouco a pouco, a campanha de prevenção ao câncer de próstata foi ganhando força em diversas regiões do planeta e a chegada em si em solo brasileiro ocorreu em 2008 lançando uma luz principalmente a respeito da quebra dos tabus sobre o toque retal, apresentando como lema naquela época o: “Um Toque, Um Drible”, reforçando a consciência sobre o câncer de próstata, na prerrogativa de minimizar o preconceito e incentivar de modo habilidoso os homens se consultarem e a fazer o exame se necessário.
Atualmente, o Novembro Azul no Brasil promove diversas ações de prevenção em saúde com foco sobre medidas de diagnóstico do câncer de próstata, pois se sabe da importância desta ação à saúde do homem e o impacto da falta desta na qualidade de vida masculina. Campanhas incentivam a realização do exame físico (toque) e do PSA (exame de sangue que detecta alterações do antígeno prostático específico, que podem ser indicativas dessa neoplasia) de forma anual. No caso de alterações nestes exames citados é recomendável o acompanhamento com urologista ou oncologista no intuito do tratamento específico para manejo terapêutico do quadro encontrado na próstata.
Nesse sentido, de acordo com dados do Instituto Nacional do Câncer (INCA), o câncer de próstata, é o tipo mais comum de câncer entre os homens, caracterizando-se como causa de morte de quase 30% da população masculina que desenvolve neoplasias malignas e que um homem morre a cada 38 minutos devido ao câncer de próstata no Brasil!
Evidências científicas embasam que a única forma de garantir a cura do câncer de próstata consiste no diagnóstico precoce da condição, ou seja, mesmo na ausência de sinais e sintomas, homens a partir dos 45 anos com fatores de risco, ou 50 anos sem estes fatores, devem ir ao urologista para conversar sobre o exame de toque retal.
Sobre os fatores de risco ao câncer de próstata, a manutenção de um estilo de vida saudável com alimentação equilibrada, prática de exercício físico e controle do estresse crônico contribui para reduzir o desenvolvimento da obesidade, doença que torna o homem obeso mais vulnerável ao câncer de próstata. Os outros dois fatores de risco são: histórico familiar de câncer de próstata e raça, já que homens negros possuem maior incidência deste tipo de câncer.
Assessoria Plenitude Bem Estar